Na condição de Orientadora de estudo, tenho uma turma de cursista referente ao Pacto Nacional de alfabetização na idade certa, programa criado pelo Ministério de Educação e Cultura no inicio desse ano.
Tem sido uma experiência de formação fabulosa quando diz respeito a minha própria formação. Há anos considerava que como formadora, discutindo, elaborando situações de formação, pudesse modificar algo no outro. Há duras penas tenho aprendido que caminhamos na contra-mão. O que tenho pensado em relação ao trabalho da língua com os pequenos do 1º ciclo modificou e re-organizou, talvez, as minhas expectativas na escola como coordenadora pedagógica. Uma vez que ninguém aprende na vez de ninguém, e o processo de formação precisa ser tomado como responsabilidade do próprio professor. Daí algumas dificuldades que enfrento nesse embate: é preciso efetuar de fato uma cobrança mais frontal com o professor para que práticas históricas de alfabetização deixem de ser produzidas para dar lugar a situações em que as crianças sejam colocadas em situações reais de aprendizagem?
Quais outros mecanismos necessitam ser inseridos para subsidiar as outras e novas práticas de produção do ensino da língua na escola. Penso que sem uma reorientação curricular, juntamente com Projeto de formação articulado em redes, um plano de carreira organizado com vistas a avaliação de desempenho, ficam demasiadamente difícil nossa vida na escola. Contudo nos próximos posts tentarei fazer um balanço a partir da minha pequena comprensão e do meu lugar os avanços na aprendizagem dos alunos.